A dedicação e gosto pelo cultivo da vinha existe na família Tiago desde há mais de 1 século, primeiro com o meu bisavô, continuado pelos meus avós e pais, tendo o meu pai complementado, inaugurando a sua primeira destilaria de aguardente no dia do meu primeiro aniversário.
Quando em 1980 a Sália e eu decidimos que íamos viver na Quinta S. Tiago, Palmela, demos continuidade a uma tradição familiar vinhateira de gerações. Cada mosto é único e estimula em pleno todos os sentidos, aspeto exclusivo da nossa casa, que ano após ano apresenta de forma coerente os seus moscatéis, segundo uma matriz muito própria, assente na harmonia entre álcool, estrutura, acidez e doçura.
E assim colheita após colheita, temos em adega, em cartolas de carvalho e
castanho, moscatéis que consideramos expoentes máximos do que a região pode
dar e símbolo pleno da nossa forma de viver a família.
A nossa marca, Tiagos Moscatel de Setúbal Superior, resulta ano após ano
exclusivamente do perfil vínico da nossa pequena vinha de 0.7 Ha em plena vila
de Palmela, a cerca de 200 M de altitude, a menos de 5 Km do Oceano Atlântico,
com noites frescas e dias quentes no verão, permitindo frutos quase perfeitos
a cada vindima.
A vindima manual, habitualmente na segunda quinzena de setembro, é uma festa
da família Tiago em que envolvemos também os nossos amigos, que são a nossa
família alargada.
As uvas transportadas em pequenas
caixas para a adega, são esmagadas.
O mosto e as películas são enviadas
para depósitos de inox, em contacto
com aguardente e após remontagem,
assim permanecem cerca de seis meses.
Eu, Adriano Tiago, natural de
Olho Marinho, Concelho de Óbidos,
sou médico fisiatra. A minha mulher,
Sália Tiago, natural do Pinhal Novo,
Concelho de Palmela, é farmacêutica.
As minhas filhas, Carla e Isabel são
respetivamente médica e farmacêutica.
A vinha e o moscatel contribuem
decisivamente para a nossa principal
razão de existir. Sermos felizes.
A Paz, o Amor e a Família são os pilares
da realização do ser humano e todos os
dias devem ser cuidados, tratados e
renovados para que o edifício da vida vá
sedimentando e crescendo harmoniosamente.
A felicidade assenta nessa realização contanto com o fluir do tempo pela vida em prosperidade. É nesse momento que o ser humano é capaz de dar e receber na mesma medida, em equilíbrio com o mundo e o cosmo. Os nossos moscatéis celebram também essa dádiva interativa com os que nos rodeiam e pretendem simboliza-la pela partilha.
A permanência dos moscatéis em adega respeitam os ciclos vitais, os elos que nos ligam ao cosmos e aos outros num código finalmente aberto, como que escrito ancestralmente no livro da vida. Há uma verdade escondida em tudo, por isso, temos razões para crer que as soluções só têm que ser encontradas e não inventadas.